quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O sacana do cão não cagou!

Ao deslocar-me hoje a Évora deparei com um número inusitado de pessoas – na sua esmagadora maioria jovem – com uma indumentária totalmente negra, ao estilo do Mancha. Ou do Zorro, mas sem chapéu. Circulavam em bandos pelo centro da cidade enquanto iam berrando obscenidades e impropérios dirigidos a outros jovens sensivelmente da mesma idade, estes com ar aparvalhado e com a cara e outras partes do corpo pintadas.

Entre os transeuntes havia quem garantisse que, todos eles, eram estudantes e que se tratava de algo a que chamam praxe. Algo que, garantem os defensores desta pseudo tradição, se trata de uma forma de integrar os alunos recém-chegados à universidade.

Não creio que assim seja. Nem tão pouco acredito que cidade tolere este tipo de comportamento por muito mais tempo. Se as tais criaturas vestidas à “Mancha” ou à Zorro sem chapéu olharem à sua volta, facilmente constatarão que todos os olhares lhes são dirigidos com desprezo e reprovação.

2 comentários:

  1. Então o cão? Mesmo sem ter cagado podias ter falado do cão? Cão é cão pá. Zorro é ficção enquanto cão é real...assim como a caca dele!

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  2. Por acaso as praxes ajudam à integração. Digo isto por experiência própria porque eu faço parte dos "jovens com ar aparvalhado". Quanto às pessoas muitas se divertem a olhar e até ajudam à brincadeira... É claro que há sempre gostos diferentes. Mas afinal a cidade já vive esta tradição à decadas. As praxes só existiam em Évora e em Coimbra e vão até dia 1 de Novembro, dia da Universidade.

    Obrigado

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