terça-feira, 28 de julho de 2009

Os ricos que paguem a crise!

Seja qual for o resultado das eleições de Setembro próximo não acredito que 2010 nos traga nada de bom. Provavelmente assistir-se-á ao congelamento de salários e a uma subida generalizada de impostos. Para já, Teixeira dos Santos prometeu apenas que não haveria diminuição da carga fiscal e que para as famílias com um rendimento mensal superior a cinco mil euros deixariam de existir alguns benefícios fiscais.
Com este tipo de anúncios o governo volta a fazer o que melhor sabe. Constituindo as famílias a quem a medida se aplicaria uma relativamente pequena percentagem dos agregados familiares portugueses é natural que a proposta seja do agrado dos restantes que são, por exclusão de partes, a imensa maioria. Desde o inicio do seu mandato que os sentimentos de inveja, coisa normal em qualquer ser humano, tem sido habilmente explorados pelo executivo, levados a extremos nunca anteriormente vistos entre nós e, com o aproximar da campanha eleitoral, a tendência seja para continuar.
Apesar disso – e de outras coisas também - mesmo sem saber que tipo de benefícios serão abolidos, esta parece-me uma medida acertada. Primeiro porque não sou abrangido por ela, segundo porque não creio que vá afectar significativamente – e é pena - o rendimento disponível das famílias em causa e finalmente porque gramo à brava ver, ouvir e ler as justificações de uns quantos figurões, pseudo-entendidos nestas coisas da fiscalidade e afins, garantindo que medidas deste género não servem de nada e bom, mas mesmo bom, seria reduzir os vencimentos dos funcionários públicos. Isso é que era. Só não vê quem não quer - ou é burro - que ordenados escandalosos de quinhentos ou setecentos euros são incomportáveis para o país.

1 comentário:

  1. Era bom que assim fosse ("Os ricos que paguem a crise!")
    Mas aquilo que assistimos é bem outra realidade, eu que o diga, já tenho o meu ordenado congelado (e não há frigorifico, nem arca congeladora que gele mais) há anos...
    Quem paga as crises é o povo!
    Mas também arrisco a afirmar que somos nós quem tem mais saúde e força para aturar e suportar tudo isto.
    É-se heróis!
    MFCC

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