quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Rendimentos

Paulo Portas tem manifestado com exuberância a sua oposição relativamente à atribuição do rendimento social de inserção de forma indiscriminada a um largo sector da população que se especializou em viver à conta de todos sem despender esforço maior que ir levantar o cheque à estação dos Correios mais próxima. Trata-se, na esmagadora maioria dos casos conhecidos, de um subsídio à preguiça e, por mais que a malta do social conteste esta designação e argumente a favor do actual estado de coisas, é uma prestação social causadora de injustiças relativamente a quem trabalha e que recebe o salário mínimo enquanto muitos dos seus beneficiários arrecadam montantes significativamente superiores sem “bulirem uma palha”.
Apesar de a intenção que esteve na criação do Rendimento Mínimo Garantido ser louvável, a generalização que se seguiu desvirtuou e descredibilizou o que podia constitui uma excelente medida de combate à pobreza e exclusão social. Hoje são de todos conhecidos exemplos, nomeadamente em terras pequenas como Estremoz, de pessoas que ou vivem em exclusivo desta prestação ou a utilizam como meio para complementar os rendimentos que obtém em actividades – de vária ordem – que exercem à margem do sistema fiscal. De positivo apenas que estas pessoas não são de guardar o que recebem debaixo do colchão e depressa o “investem” no bar do supermercado Modelo e noutros estabelecimentos similares, o que sempre vai contribuindo para dinamizar a economia local e simultaneamente promover a animação da cidade.
Pena que o líder do CDS-PP não manifeste igual indignação acerca dos agricultores, a sua espécie protegida, ou empresários que utilizam os subsídios estatais e comunitários em benefício próprio em lugar de os aplicarem no desenvolvimento e modernização das suas explorações agrícolas ou empresas. Estranho sentido de coerência o deste magano.

1 comentário:

  1. Nem PPortas nem outros lídres deviam fomentar este subsídio, continuo a subscrever que os subsídio-dependentes deviam trabalhar a limpar as bermas das ruas, estradas, WC, lavar janelas, pintar os marcos das estradas enfim uma serie de "actividades", de modo a JUSTIFICAR aquele ganho mensal, que por vezes é superior a 1 pensão ou reforma de gente que realmente TRABALHOU 1 vida inteira
    e que agora recebe 1 miséria...
    MFCC

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