segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Cem dias

O governo completou os seus primeiros cem dias de governação. Embora a efeméride não me suscite especial entusiasmo, nem os feitos governativos sejam merecedores de grandes encómios, apetece-me mencionar este facto apenas para fazer um ligeiro exercício de memória e tentar recordar-me de alguma coisa de útil em que o executivo de José Sócrates tenha ocupado o tempo. O que é capaz de ser uma tarefa difícil visto, assim de repente, lembrar-me apenas do nome de dois ou três ministros e recordar vagamente uma ministra a atirar para o jeitoso.
Admito com facilidade que a malta do governo se tenha esforçado e, inclusivamente, que tenha desenvolvido iniciativas ou feito coisas. Daquelas importantes, até. Assim como revogar legislação obsoleta e atentatória da liberdade do indivíduo – e da indivídua – que não permitia o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Coisa que, parece, deixa o primeiro-ministro e os seus seguidores todos orgulhosos. Eles lá sabem o que mais lhes convém.
Nada, no entanto, que me surpreenda por aí além. Recordo ainda António Guterres quando, ao leme de outro governo também ele socialista, instado a pronunciar-se acerca da medida que mais se orgulhava de ter tomado enquanto chefe do governo, proclamou que era NÃO ter feito a Barragem de Foz Côa. Há coisas que nunca mudam por mais que o palco do regabofe político vá conhecendo outros actores.
Celebre-se, ainda assim, a centena de dias de funções do actual executivo. A minha modesta contribuição para as comemorações é, tão-somente, constituída por esta foto de três robalos. É que sem aumento de ordenado um gajo não pode entrar em estroinices…

4 comentários:

  1. Robalos?! Essa é a moeda que o Armando Vara usa quando se deixa corromper!...

    Compadre Alentejano

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  2. Eram muito melhor "Sem dias" Sem Sócrates!
    As medidas tomadas por este "executivo" vai nos condizir á miseria e nem robalos ou cavalas á mesa vamos ter...
    Porque os vencimentos não acompanham as subidas de preços, impostos e taxas de todo o tipo, não há crecimento real.
    Ele que se meta ao piro!
    Sem dias era muito melhor do que estes Cem dias!
    Sem Ministros também!
    MFCC

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  3. O compadre alentejano tirou-me as palavras do teclado.

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  4. Nem todos recebemos caixas deles.

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