sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vigaristas sem classe

Costumo dizer que se algum dia for confrontado com uma situação extrema, que implique a falta de recursos financeiros para satisfazer as necessidades mais básicas e não tiver outro meio de o fazer, não hesitarei em recorrer a métodos pouco lícitos para obter os rendimentos que considere adequados. 
Provavelmente é o que fazem as pessoas que enviam o tipo de email's da imagem ao lado e que diariamente me atafulham a caixa de correio. Podiam e deviam, como já tive ocasião de referir noutros posts em que o nível de desagrado com o volume de lixo acumulado me fez abordar a questão, era ter um pouco mais de respeito pela inteligência daqueles que escolhem como vitimas e adequar a forma de actuação ao público alvo que pretendem atingir. Uma história como a desta carta talvez resultasse, por exemplo, em Fátima num dia de peregrinação se fosse contada a uma das muitas velhotas de xaile e pelos na verruga. Assim, por mail e com um português manhoso de tradutor on-line, está condenada ao fracasso. 
Embora mais rebuscados, e já com um ou outro casos de sucesso, parecem-me igualmente fraquinhos os esquemas que visam caçar os códigos do home-banking. Para além dos constantes alertas dos bancos para estas tentativas de fraude, a coisa tem o senão de o burlão correr o sério risco de mandar um mail a pedir os dados bancários de um banco onde a potencial vitima não é cliente. O que, como é óbvio, a deixa alerta contra este tipo de burla. A menos que – e é sempre um dado a ter em consideração – o destinatário seja parvo. 
Como é bom de ver estes são métodos reprováveis a que não recorreria se me visse na situação descrita no inicio deste texto. Preferia outros igualmente desonestos mas com mais probabilidades de êxito. Como o daquele tuga que, coincidência do caraças, conseguia localizar todos os canitos que se perdiam no país e receber grande parte das recompensas atribuídas pelos desesperados donos...

1 comentário:

  1. é o lado negro e estupidificado deste mundo de cabos, onde todo o cuidado é pouco.

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