quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Anda por aí uma malandragem...

Estremoz é, ainda, uma cidade segura. Embora, ao que conste, os amigos do alheio tenham estado particularmente activos nas últimas semanas. Produtividadezinha da boa no ramo do gamanço, portanto. Ainda assim os actos, públicos e devidamente publicitados, que correm pelo tribunal local relacionados com a delinquência comum serão num número significativamente inferior aos que se relacionam com calotes e manigâncias correlativas. O que, não sendo tranquilizador, não deixa de ser um dado curioso e a ter em conta quando falamos de gatunos e de outro tipo de cidadãos igualmente respeitáveis. 
Apesar da pacatez do lugar, vai havendo uma ou outra situação que me deixa com os sentidos mais alerta. Como, por exemplo, um café com uma clientela anormalmente elevada de ciganos no exacto momento em que seguro, com uma mão, uma nota de cinquenta euros para pagar o euro milhões e, com a outra, a carteira. Isso enquanto me ocorre que tenho o telemóvel num dos bolsos do casaco e a máquina fotográfica no outro. Claro que, pensando friamente, não havia razão para temores. Afinal o telefone tem dez anos, a máquina é quase tão má como as fotos que tira e, a julgar pela quantidade de garrafas de cerveja que enfeitavam as mesas, deve ter sido dia de receber o rendimento.

1 comentário:

  1. Há ciganos e ciganos, como há pretos e pretos e brancos e brancos, mas fizeste-me rir à gargalhada:)

    Aqui é notório a diminuição no "dia de receber o rendimento", e dos vários(as) que conheço de miúdos que ficaram sem ele, quase todos já estão a trabalhar no duro!

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