quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Greve quase geral

Apesar de sobejarem motivos de indignação perante o actual estado de coisas, não vou fazer greve amanhã. Não estou disponível para contribuir com um dia de ordenado para o governo - o que, admito, levará o ministro das finanças a desejar uma significativa adesão da parte da função pública – nem sou, como já escrevi por aqui variadíssimas vezes, especial apreciador desta forma de luta. Prefiro o boicote, a sabotagem e outras maneiras mais astutas – mais sacanas, vá - de contrariar as intenções do governo e que não envolvam a diminuição do meu pecúlio em favor do Estado, mas exactamente o contrário.
Embora isso não me cause especial incomodo, desconfio que entre os grevistas de amanhã estarão muitos com responsabilidade – que nisto, como noutras coisas, não há inocentes – por termos chegado até aqui. Nomeadamente aqueles sindicalistas que, há dezenas de anos, contribuíram para abarrotar os quadros da função pública. É verdade que hoje faz-se o mesmo sem ouvir os sindicatos, mas isso não branqueia a verdadeira mancha vermelha que, por exemplo, alastrou por quase todas as Câmaras do Alentejo.

3 comentários:

  1. Não poderia estar mais de acordo, mas infelizmente por aqui serão muitos que ficarão sem o dia porque não há quase alternativas em termos de transportes públicos.

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  2. Manuel Costa10:15 da tarde

    Cá para mim, bastava que fossem os sindicalistas a fazer greve: são mais que as mães...

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  3. De qualquer modo foi o dia em que a indignação saíu à rua!

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