quinta-feira, 29 de agosto de 2013



Convinha que quem elabora os programas eleitorais fosse politicamente honesto. Era igualmente de bom tom, antes de prometer fosse o que fosse, tentar perceber quanto custaria o cumprimento das suas promessas. Melhor ainda seria perceber se o Município a que se candidata tem ou não margem financeira que permita, uma vez eleito, realizar, no todo ou em parte, o programa com que se apresenta aos eleitores. Ou, em alternativa, anunciar onde pensa arranjar o dinheiro para financiar a implantação das suas ideias. Convir, convinha. O pior é que poucos - e, se calhar, estou a ser optimista - o farão.
É por isso que, por melhores e mais merecedoras de aplausos que sejam as intenções dos candidatos, propostas deste tipo não podem ser levadas a sério. No caso em apreço, de acordo com os documentos de prestação de contas de 2012, este município arrecada uma receita anual que não atinge os dezanove milhões de euros. Ostenta, no mesmo período, uma divida a fornecedores que vai para lá dos vinte e dois milhões e empréstimos que quase chegam aos dezoito milhões de euros.
Perante este números parece difícil alguém acreditar na concretização daquelas propostas. Dá mesmo para desconfiar que aqueles que as fazem não conhecem a realidade financeira da instituição que pretendem governar. Ou então acham que podem, impunemente, não pagar a divida. Mas se acham isso é por que são ignorantes. É que o mundo mudou, ainda que alguns não tenham dado conta.   

1 comentário:

  1. INACREDITÁVEL e de boas intenções está o inferno cheio.

    Até o Ministro da Saúde, sobre a única urgência sugerida para Lisboa, foi adiada porque são precisos mais estudos.

    Mas o povo ainda vai cair mais uma vez na esparrela? Para quando a corrida aos vendilhões do templo.

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