quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Papão"?! Se calhar é mais o "homem do saco"...

Há quem considere que falar da divida é uma espécie de “papão” com que se pretende assustar o eleitorado. Principalmente quando, dizem, ela – a divida – resulta de investimentos que consideram importantes. Embora, se calhar, quase todos passassem bem sem eles. Os tais sorvedouros de dinheiro que alguns, pomposamente, intitulam de investimentos.
Não me surpreende que os discípulos pensem assim. Seguem apenas a linha de pensamento do mestre. Daquele que depois de arruinar o país se mudou para França. Para onde, diga-se, devia ter ido muita da tralha que, de norte a sul, seguidores ou não, rebentaram com isto e que, em vez de terem seguido o líder, ainda andam por aí a cantar loas à bondade da politica do betão que nos arrasou financeiramente e hipotecou o futuro das gerações mais novas.
Dizer, como acabo de ler, que é normal ter uma divida elevada porque se investiu – logo não virá daí nenhum mal ao mundo - revela uma absoluta falta senso de quem assim fala. Diria mesmo próprio de alguém que devia ser proibido de se aproximar de dinheiros públicos. Para além de se afigurar como desculpa de mau pagador. 
Seguindo este raciocínio quem ganha o salário mínimo terá toda a legitimidade em aspirar possuir uma mansão de dez quartos, com piscina, jardim e outras comodidades. Basta construí-la e posteriormente, quando lhe pedirem contas, argumentar com os credores que o facto de lhes dever uma pipa de massa não constitui qualquer espécie de problema. E, do ponto de vista de alguns, de facto não. Afinal ele apenas tem uma divida porque investiu em algo que considera importante para o seu bem estar...  

2 comentários:

  1. Há gente neste país que devia ser obrigada a repetir mil vezes: obra pública não é investimento, é despesa!

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    1. É um conceito difícil de entrar em muitas cabeças. A maioria, infelizmente.

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