quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Nem é preciso ser bruxo...

Devem estar a gozar connosco. Só podem. Ou então são parvos. Mesmo admitindo os meus reduzidos conhecimentos na matéria, parece-me altamente improvável que o próximo ano traga qualquer espécie de recuperação da economia nacional. Ando há anos a escrever que não é assim que vamos lá e, apesar de garantirem sempre que para o ano é que é, a verdade é que, desgraçadamente, tenho tido sempre razão. Pelo quinto ano consecutivo reafirmo a minha convicção que vamos continuar na mesma e, pela quinta vez, manifesto o desejo de, volvidos os próximos trezentos e sessenta e cinco dias, vir aqui congratular-me por estar enganado.
Prever, por exemplo, o crescimento da procura interna num ano em que os salários vão ter a maior quebra desde que entrámos na União Europeia afigura-se, sei lá, assim um bocado contraditório. Ou, quiçá, bastante idiota. Isto, simultaneamente, com a continuação do desemprego em níveis que não param de bater recordes, os apoios sociais a sofrerem cortes consecutivos e o Estado sem dinheiro para investir ou apoiar investimentos. Neste cenário falar de recuperação é, reitero, coisa de lunáticos ou de optimistas convictos capazes de fazer o Sócrates parecer um governante ajuizado.
Restam as exportações e o turismo. Talvez. Mas isso não depende apenas da nossa vontade. O beato Paulinho irrevogável que vá rezando à nossa – dele – senhora de Fátima para que o seu eventual crescimento chegue para compensar a inevitável quebra de tudo o resto. 

3 comentários:

  1. Olha que já não digo nada...porque esgotou tudo para a passagem do ano, enquanto muitos foram para os locais à borlix...serão aquela classe VIP que subirão "a procura interna"? :)

    Enfim...aguardemos!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ou então a crise não é bem o que tem sido pintado...

      Eliminar
    2. Ora meu amigo isso já eu ando a dizer há muito...porque "Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe vêm.".

      Eliminar