quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A lei é um empecilho do caraças.

A propósito das dificuldades em obter os vistos do Tribunal de Contas para contratos alegadamente essenciais ao funcionamento do município que dirige, a senhora presidente de uma das autarquias mais endividadas do país terá declarado, segundo relato de alguma imprensa, que teria de encerrar a Câmara.
Aprecio este tipo de afirmação. A sério. Só terá faltado dizer que atirava a chave ao rio. Ou, melhor, a engolia. É extraordinário que, perante a incapacidade de gerir uma instituição de acordo com as leis do país, se declare peremptoriamente que a solução é fechar a autarquia. A menos que se trate do arrendatário do espaço é óbvio que a criatura não tem legitimidade para fechar seja o que for. Em lugar de alarvidades do género tem é de governar cumprindo a lei e de acordo com os recursos financeiros que dispõe. Se não tiver competência, ou lhe faltar vontade para o fazer, então que se vá embora.
Seria bom que quem governa o país, uma câmara ou a agremiação recreativa lá do bairro, percebesse que está apenas mandatada para gerir algo que não é seu. É de todos. Está no lugar transitoriamente a cumprir uma missão que os seus eleitores lhe confiaram. Só e apenas isso.


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