sábado, 29 de novembro de 2014

Emigrar à procura de um subsidio melhor

O facto de existirem uns quantos portugueses que foram para o Luxemburgo, ou para outros países europeus, viver à pala da generosidade das seguranças sociais respectivas não se me afigura, em nada, condenável. É, afinal, o que fazem outros povos oriundos de muitas outras paragens. Veja-se, por exemplo, o que está a acontecer no Mediterrâneo, diariamente atravessado por centenas de africanos e asiáticos, ansiosos por viver à custa dos fantásticos benefícios proporcionados pelo estado social europeu.
Toda esta gente está, apenas, a aproveitar a ingenuidade de quem criou um sistema que tem permitido, a consecutivas gerações, viver sem necessidade de trabalhar. Como era inevitável a coisa está a tornar-se insustentável e, mais dia menos dia, dará o berro. Só não deu ainda porque acabar com as inúmeras maroscas que contribuem para a sua falência não é politicamente correcto. Lá, tal como cá, é socialmente muito mais aceitável aumentar impostos...
Por isso, antes que a bolha rebente, é aproveitar. Nem sei por que raio a malta do governo não se lembrou deste esquema. Assim como aconselhou os jovens a emigrar podia, também, ter aconselhado os beneficiários do RSI a sair da sua zona e a procurar o conforto dos chorudos subsídios, luxemburgueses. Ficávamos todos a ganhar.

2 comentários:

  1. Alguns fazem-no por isso, mas KK a maioria fá-lo pelas atrocidades e precariedade e por vezes empregos prometidos e que não existem, etc, cometidas no seu país. Muitos países já estão a fazer tábua rasa aos benefícios mas faço minhas as palavras do Papa Francisco: o Mediterrâneo está a transformar-se num enorme cemitério.

    Custa-me ver e ouvir o que por vezes oiço, porque também fui emigrante mas nunca por nunca recebi um tostão, fiz-me à vida, lutei muito...e actualmente a nível mundial a máquina cada vez mais substitui o "o homem que passou a ser descartável".

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    1. Estava a referir-me, no caso, a uma reportagem que passou um dia destes na RTP, sobre os emigrantes no Luxemburgo, que assumem viver à pala da Segurança Social lá do sitio. Mas, assim como assim, até não acho mal que aproveitem a generosidade alheia. Mil e quatrocentos europeus sem bulir e alojamento por 200 euros garantia um deles...

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