sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

E depois há os que nem deviam ser levados a sério...

Não conheço nenhum politico que não seja sério. Agora que há muitos que não o parecem, lá isso há. Nomeadamente aqueles, seja na Europa ou cá pelo rectângulo, que andam por aí a defender que algumas dividas sejam excluídas do apuramento do défice do Estado. Ainda que – ao menos isso – não ponham de parte a obrigação de as pagar. Num dia muito distante, provavelmente.
Os defensores desta causa são, na sua maioria, as pessoas que foram responsáveis pelo estado a que isto chegou e que, dentro de pouco tempo, estarão de novo no poder a continuar a obra de demolição do país. A ideia que agora tentam vender não é nova. Antes da chegada da troika havia estratagemas, coincidentemente, parecidos. Como aquela coisa fantástica dos empréstimos bancários que não contavam para o apuramento da divida. Medida que, poucos saberão, se aplicava aos estádios de futebol construídos por ocasião do Euro 2004 e a obras financiadas por fundos comunitários. Graças a esta habilidade contabilistico-financeira muitas Câmaras, nomeadamente aquelas que são noticia todos os dias por estarem à beira da falência, gozavam de uma larguíssima margem para continuarem a fazer obra à custa da obtenção de empréstimos para financiar a contrapartida nacional dos financiamentos europeus. Com o resultado fantástico que se conhece. E é disto que uns quantos bem instalados na vida, secundados por uma imensa mole de ignorantes, têm saudades... 

3 comentários:

  1. "Não conheço nenhum politico que não seja sério." - sem dúvida, todos mesmo ;)
    (muito bem visto)

    Infelizmente dentro de um ano, será provado que têm mesmo saudade... :(
    Pode ser que este povo me surpreenda. Duvido...

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    Respostas
    1. Dentro de um ano continuaremos à beira do abismo. Mas estaremos prontos para o passo em frente...

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    2. Esse abismo deve de andar fugir e nós a correr atrás dele. Estamos sempre "à beira"!!

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