quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O peidorreiro esteve bem...

A subserviência é das características do ser humano que mais me aborrece. Nomeadamente aquela que acontece em contexto laboral. Daí que as palavras pouco simpáticas de Pinto da Costa, à entrada da prisão de Évora, não me causem espanto nem motivem qualquer sentimento de solidariedade para com os jornalistas atingidos pela boçalidade do velho peidolas. A comunicação social, no seu conjunto, merece este tratamento.
Ao longo das últimas décadas o chefe do clube do Porto tem sido tratado reverentemente, como poucos, em Portugal. Todos se curvam, desde políticos a jornalistas, perante a criatura. A forma agressiva como outras figuras públicas são confrontadas pela comunicação social não é usada perante este fulano e, mesmo noutro tipo de trabalhos jornalísticos que não a entrevista, as menções ao gajo são sempre cerimoniosas. Daí que não surpreenda esta reacção. Já a minha avó – essa sábia senhora que muito me ensinou – garantia que quanto mais nos agachássemos mais nos aparecia o cú. Foi o caso. E muito bem feito, acrescento eu.
Ainda assim, mesmo perante a baixeza das declarações do fulano, não houve ninguém que tivesse tido a coragem – ou o descaramento, vá – de lhe perguntar qual o nível de afinidades entre ele e o prisioneiro 44. Ou, por exemplo, se tinham negócios em comum. Nem, já que a coisa estava a azedar, se devia algum favor ao ex-governante. Critérios.

2 comentários:

  1. Desconhecia esta notícia e conforme disse noutro espaço...não vejo nada versus nada neste tipo de informação, quer televisiva quer escrita e quero lá saber quem visita o nº.44.

    Quanto ao Pinto subscrevo o que dizes porque nunca gostei da postura dele como homem e desse tal estender do tapete vermelho!

    beijocas

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